18 de setembro de 2018

A eleição 2018 e a guerra de cosmovisões

A decisão do STF sobre a educação, não permitindo a homeschooling, a reunião do PDT com o partido comunista da China, a campanha da candidata à vice do PT e as manifestações contra uma ética conservadora me ajudaram a definir como votarei e deveriam nos levar a uma reflexão séria sobre as eleições. 

Estou convencido de que não estamos lidando apenas com eleições (escolha de representantes), mas há claramente uma guerra, não uma guerra armada ou revolucionária e sim espiritual. Vejo que estamos sendo convocados e desafiados para uma guerra de cosmovisões, nessa questão a cosmovisão cristã conservadora e sobretudo reformada está sendo confrontada e fortemente atacada na política e na ética, essa é uma guerra espiritual e ideológica. Por isso, já me decidi como votarei e gostaria de promover essa reflexão. Sinceramente não podemos ficar calados frente a tão grande ofensa contra os propósitos de Deus. 

Há duas formas de votar em eleições. A primeira é a votação por convicção; essa forma de votar considera o perfil e propostas do candidato, não abrindo mão de seu ideal. A segunda forma é o voto por estratégia; essa forma pode ser útil quando valores e crenças essenciais estão em jogo e quando há uma evidente guerra de cosmovisões. Depois de muitos anos eu não votarei por convicção, mas por estratégia. Explico a razão: 

A Bíblia ensina questões como: justiça social, sustentabilidade, direitos trabalhistas, etc. Mas, defender apenas essas bandeiras é uma forma de reducionismo e talvez não biblicamente saudável. A Bíblia também fala do direito de propriedade, juros justos, direito de auto defesa, princípios de livre comércio, o rigor dos magistrados contra o mal, a família tradicional, contra o aborto, contra o homossexualismo, educação, cuidado aos estrangeiros, liberdade de expressão, cuidado de órfãos e viúvas, etc. Algumas questões aqui são inegociáveis, como a questão do aborto e do homossexualismo por exemplo. Foi o cristianismo protestante e conservador que nos trouxe todas essas coisas e sempre olhando para as Escrituras como um guia seguro e autoridade absoluta. 

Sendo assim, creio que a sabedoria está em votar em um candidato que mais se ajusta aos padrões bíblicos e daí, talvez, buscar a filosofia política que mais se ajusta à uma interpretação ortodoxa e conservadora das Escrituras. Se você é um reacionário ou apenas conservador, penso que votando com convicção ou por estratégia, você deveria considerar essas outras bandeiras e discernir a guerra de cosmovisões por trás dos ideais políticos. Meu amigo reacionário e conservador reflita no risco de votar somente por convicção e permitir uma filosofia política anticristã governar o país no segundo turno. 

Agora se lembre, se seu irmão tiver pressupostos marxistas e se o seu oponente for liberal, seguindo uma hermenêutica diferente de você, como um bom cristão conservador e bíblico o ame e respeite seu direito de liberdade. Busque priorizar a paciência, tolerância e a cordialidade e ainda como cristão não se esqueça que nossa verdadeira e definitiva pátria está nos céus. Nessa guerra de cosmovisões na política lute com dignidade e verdade e se necessário sofra o dano, em tudo imite Jesus e seus Apóstolos. Essa é uma guerra espiritual e ideológica e não física e muito menos contra a dignidade de ninguém, independente da posição nossos oponentes foram criados à imagem e semelhança de Deus.